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sábado, 17 de março de 2012

domingo, 11 de março de 2012

Lista dos animais em extinção no Brasil

Lista dos animais em extinção no Brasil
O número de animais em extinção infelizmente cresce a cada tempo, isso ocorre porque muitas pessoas ainda não percebem que estão fazendo, além de infligindo à lei, estão prejudicando os seres vivos. A venda desses animais mesmo sendo proibida acaba atraindo a atenção de gente que não liga para o meio ambiente. Para melhorar essa situação, organizações de proteção dos animais tentam criar animais com perigo de extinção para evitar que eles acabem.
Todo esse cenário a cada dia só assusta mais, os exploradores de animais capturam, matam animais em território dos próprios animais, se fosse ao contrário iria ver se o homem iria gostar, se os animais tivessem vindo para a cidade, matando, destruindo nossa cidade, até teria sentido o que vem ocorrendo, mas não, os homens por instinto selvagens vão até as matas e florestas apenas com a intenção de atacar e capturar os animais que cada vez mais sofrem! Sem contar que as nossas florestas também a cada dia está mais devastada, se não bastasse as nossas matas, agora são os animais? Onde tudo isso parar?
É lamentável, o homem está chegando ao limite, o interesse dos mesmos é somente atingir um bom nível social, mesmo que para isso tenham que passar um carro em cima de qualquer um. Esse é o mundo capitalista que cada dia invade florestas, matas para capturar animais, o que querem em troca? Vende-los, usar suas peles, enfim para se beneficiar e ganhar dinheiro em cima dos pobres animais.
Se você se interessa em saber quais animais estão ameaçados de extinção em nosso país, você pode encontrar na Internet listas com o nome desses animais, alguns deles são:
Chimpanzé em extinção
Morcego cinza em extinção
Arara Azul em extinção
Chimpanzé (Pan troglodytes)
Leopardo (Panthera pardus)
Morcego-cinza (Myotis grisescens)
Peixe-boi (Trichechus manatus)
Onça-Pintada
Veado (Elaphurus davidianus)
Aves ameaçadas
Arara-azul-de-lear
Arara-azul-grande
Arara-azul-pequena
Ararinha-azul
Araracanga ou Arara-piranga
Arara-de-barriga-amarela
Arara-vermelha
Bacurau-de-rabo-branco
Bicudo-verdadeiro
Cardeal-da-amazônia
Maracanã
Papagaio
Rolinha
Tucano-de-bico-preto
Répteis ameaçados
Tartaruga-marinha
Tartaruga-de-couro

Animais fofos


 


sexta-feira, 9 de março de 2012

Os Animais Mais Estranhos do Mundo

Os Animais Mais Estranhos do Mundo
Esta semana em destaque no Dementia temos alguns dos animais mais estranhos do mundo. Eles são diferentes, bizarros, até mesmo assustadores, mas o mundo não seria o mesmo sem eles…
Costuma-se dizer que aqueles que são genuinamente bons, geralmente gostam de animais. Não sei se isto é verdade ou mentira, mas uma coisa é certa, por vezes é impossível não gostarmos de determinados animais. Todavia talvez seja um pouco precipitado dizer-se que se gosta de TODOS os animais deste planeta, até porque alguns não são propriamente os mais engraçados ou fofinhos do mundo…
Esta semana convido-lhe a acompanhar-me numa pequena viagem por um mundo de animais tão estranhos, mas tão estranhos, que provavelmente o vão deixar surpreendido…
  • Ocapi

Ocapi é um animal particularmente estranho, ele mais parece ser um cruzamento entre uma girafa e uma zebra. Na realidade estes animais nativos das florestas húmidas do Congo, pertencem à família das girafas, porém não são tão grandes…
Eles têm o pelo escuro na parte superior do corpo e riscas na inferior, possuem uma forma semelhante à da girafa, mas têm pescoços muito mais curtos e são também mais pequenos. O que as duas espécies partilham do mesmo tamanho são as línguas, que podem chegar aos 30 centímetros de comprimento. E sabia que as girafas e os ocapis são os únicos mamíferos do planeta que conseguem lamber as suas próprias orelhas?
  • O Peixe Com Pernas

O vulgarmente chamado “Walking Fish” não é na realidade um peixe mas sim um anfíbio, contudo isso não o impede de ser uma criatura muito estranha. É um estilo de salamandra, porém para os leigos parece ser literalmente um peixe com pernas que dá longos passeios pelo chão do oceano…
Este animal é carnívoro, o seu nome oficial é “axolot” e possui uma capacidade de regenerar praticamente todas as partes do seu corpo. Apesar da habilidade incrível, esta é uma espécie em vias de extinção. É uma espécie bizarra é verdade, mas seria triste se ela desaparecesse.
  • O Macaco-Narigudo

À partida pode parecer que eu estou a fazer pouco de uma espécie, mas a realidade é que o macaco narigudo, é literalmente um macaco com um nariz enorme. De acordo com os nativos este é um macaco com poderes sobrenaturais e será responsável por guiar as nações para os caminhos da luz…
Nós podemos achar aquele nariz hediondo, contudo não devíamos, afinal de contas nós temos a Barbara Streisand que é quase um macaco-narigudo numa versão humana. Mas este nariz gigantesco tem as suas vantagens, pois é graças a ele que os machos conseguem atrair a atenção das fêmeas que se sentem atraídas por eles. Os narizes servem também para os macacos darem alertas sonoros sempre que o perigo anda por perto…
  • O Peixe Sugador

É um peixe da família dos peixes-gato e é chamado de “Lithogenes Wahari”. Foi uma espécie descoberta recentemente na Venezuela e possui características únicas. Com a sua boca o peixe é capaz de reproduzir na perfeição um efeito sugador que lhe permite nadar contra as mais fortes correntes e até pode subir em superfícies verticais. Impressionante não é?
  • O Anglerfish

Se você viu o divertido filme de animação chamado “Finding Nemo”, então de certeza que se recorda do “Anglerfish” – eu não faço ideia de qual será a tradução exacta para português do nome  – que apareceu no filme, que basicamente é aquele peixe que caça recorrendo a um género de “vara de pesca” que na realidade é uma barbatana….
Este peixe é estranho, é invulgar, é assustador e sejamos francos, é uma das criaturas mais repugnantes que andam por este mundo! Como se isso não fosse mau o suficiente, eles são carnívoros e conseguem distender a boca e o estômago para conseguirem engolir presas que têm o dobro to seu tamanho…
E o pior de tudo isto é que ainda há mais! O seu método de reprodução é tão brutal que se adapta completamente à espécie. O que acontece é que o macho morde a fêmea e funde-se com ela, de seguida ele morre e deixa com ela o seu esperma o que permite que a fêmea tenha os seus filhos.
  • Tartaruga de Casco Mole De Castor

O seu nome oficial é “Pelochelys cantorii”, é talvez um dos animais mais raros do mundo e também um dos mais bizarros. Trata-se de uma tartaruga de água doce de carapaça mole, que pode atingir os dois metros de comprimento. É um animal carnívoro e naturalmente adeptos das emboscadas…pois a velocidade não é o seu ponto forte…e nem a beleza já agora…
O mais curioso neste animal, é que não é uma tartaruga do mar, ela prefere viver em terra perto de pântanos e pantanais e o que é ainda mais curioso é o facto de este animal viver 95% da sua vida enterrado e imóvel. Ele sai apenas duas vezes por dia para respirar, o resto do tempo é passado mesmo debaixo de terra à espera da próxima refeição…
  • Peixe Bolha

Aqui está um animal que quem viu muito dificilmente o irá esquecer, o Blobfish ou “Peixe Bolha” em português é uma espécie de peixe que pode ser encontrado nas águas profundas da Austrália e Tasmânia
Se olharmos com atenção parece que estamos a olhar para a cara de um idoso irritado com a vida. Este efeito engraçado ocorre porque o corpo deste animal é gelatinoso o que lhe permite suportar pressões muito altas e nadar com facilidade em águas profundas. Interessante – ou talvez não – é que estes animais também se sentam nos seus ovos até à eclosão…
  • Toupeira Nariz-De-Estrela

Esta toupeira é simplesmente assustadora, possui um dos narizes mais bizarros que eu pessoalmente já vi, que lhe servem como órgãos sensoriais e permitem movimentar-se nos túneis com facilidade, o que é muito importante tendo em conta que esta toupeira é como todas as outras, cega…
Podemos encontrá-la na América do Norte, geralmente perto de lagos ou rios, se bem que este não é um daqueles animais que um indivíduo queira encontrar…
  • Aye-aye

Não caro leitor, não me dói nada, o Aye-aye é mesmo um lémure do Madagáscar que tem dentes de roedores e um dedo muito comprido que o ajuda a retirar larvas dos buracos das árvores. Infelizmente esta é também uma espécie que corre muitos riscos graças à destruição das florestas na região.

terça-feira, 6 de março de 2012



Tubarão-branco





  • Como ler uma caixa taxonómicaTubarão-branco
    Whiteshark-TGoss1.jpg
    Estado de conservação
    Classificação científica
    Reino: Animalia
    Filo: Chordata
    Classe: Chondrichthyes
    Subclasse: Elasmobranchii
    Superordem: Selachimorpha
    Ordem: Lamniformes
    Família: Lamnidae
    Género: Carcharodon
    Espécie: C. carcharias
    Nome binomial
    Carcharodon carcharias
    Lineu, 1758
    Distribuição geográfica
    Distribuição do Tubarão-branco pelo mundo (em azul).
    Distribuição do Tubarão-branco pelo mundo (em azul).
    O tubarão-branco (Carcharodon carcharias) é uma espécie de tubarão lamniforme, sendo o peixe predador de maiores dimensões existente na atualidade. Um tubarão-branco pode atingir 7,5 metros de comprimento e pesar até 2,5 toneladas. Esta espécie vive nas águas costeiras de todos os oceanos, desde que haja populações adequadas das suas presas, em particular pinípedes. Esta espécie é a única que sobrevive, na atualidade, do gênero Carcharodon.

    Índice

     

     Nomes comuns

    A espécie Carcharodon carcharias recebe inúmeros nomes ao longo de sua área de distribuição. Em espanhol, as denominações mais comuns são tiburón blanco (tubarão-branco) e gran tiburón blanco (grande tubarão-branco) (esta última influenciada pelo nome oficial em inglês, great white shark).[1]
    Na Espanha, a denominação tradicional de origem medieval o identifica como jaquetón (aumentativo de jaque, xeque em português), nome que acompanhado de distintos adjetivos se aplica também a muitas outras espécies da família Carcharhinidae. Existe também o nome jaquetón blanco (jaquetón-branco), derivado da fusão entre o nome anterior e o tiburón blanco (tubarão-branco), mais popular na atualidade. O nome de marrajo, como é chamado às vezes em países de língua espanhola, pode levar a confusões com outras espécies de tubarão.
    No Uruguai, é dado também o nome de "africano" a esta espécia. Em outros países existem denominações mais truculentas como "devorador de homens", em Cuba. Neste último país, também é conhecido como jaquetón de ley (jaquetón de lei), nome que, na Espanha, fica reservado para a espécie Carcharhinus longimanus.

    Descrição

    Características gerais

    Os tubarões brancos caracterizam-se pelo seu corpo fusiforme e peso , em contraste com as formas espalmada de outros tubarões. O focinho é cónico, curto e largo. A boca, muito grande e arredondada, tem forma de arco ou parábola. Permanece sempre entreaberta, deixando ver, pelo menos, uma fileira de dentes da mandíbula superior e uma dos da inferior, enquanto a água penetra nela e sai continuamente, pelas brânquias. Se este fluxo parasse, o tubarão afogar-se-ia, por carecer de opérculos para regular a passagem correcta de água, e afundar-se-ia na mesma, já que ao não possuir bexiga natatória vê-se condenado a estar em contínuo movimento para evitar afundar-se. Durante o ataque, as mandibulas abrem-se ao ponto de a cabeça ficar deformada e fecham-se imediatamente de seguida, com força 5 vezes a mordida humana. Os dentes são grandes, serrados, de forma triangular e muito largos. Ao contrário de outros tubarões, não possuem qualquer espaçamento entre os dentes, nem falta de dente algum, antes, têm toda a mandibula repleta de dentes alinhados e igualmente capazes de morder, cortar e rasgar. Atrás das fileiras de dentes principais, este tipo de tubarão tem duas ou três a mais em contínuo crescimento, que suprem a frequente queda de dentes com outros novos e vão-se substituindo por novas fileiras ao longo dos anos. A base do dente carece de raiz e encontra-se bifurcada, dando-lhe uma aparência inconfundível, em forma de ponta de flecha.
    Os orifícios nasais (narinas) são muito estreitos, enquanto que os olhos são pequenos, circulares e completamente negros. No lombo situam-se cinco fendas branquiais, duas nadadeiras peitorais bem desenvolvidas e de forma triangular e outras duas, perto da nadadeira caudal, muito mais pequenas. A caudal está muito desenvolvida, assim como a grande nadadeira dorsal. Outras duas nadadeiras pequenas (segunda dorsal e anal), perto da cauda, completam o aspecto de este animal.
    Apesar do seu nome, o tubarão é apenas branco na sua parte ventral, enquanto que a dorsal é cinzenta ou azulada. Este padrão, comum a muitos animais aquáticos, serve para que o tubarão se confunda com a luz solar (em caso de se olhar de baixo para cima) ou com as escuras águas marinhas (em caso de fazê-lo de cima para baixo), constituindo uma camuflagem tão simples quanto efetiva. O extremo da parte ventral das barbatanas da espádua e a zona das axilas aparecem tingidos de negro. A pele é formada por dentículos dermicos ou dentículos cutâneos, que dão o aspecto liso sentido nariz cauda e extremamente áspero no sentido cauda/nariz.
    Não obstante, a denominação de "tubarão-branco" poderia ter a sua lógica no caso de se avistarem exemplares albinos desta espécie, que são, contudo, muito raros. Em 1996, pescou-se, nas costas do Cabo Oriental (África do Sul), uma fêmea jovem, de apenas 145 cm, que exibia esta rara característica.

     Sentidos

    As terminações nervosas do extremo lateral (Linha lateral), captam a menor vibração ocorrida na água e guiam o animal até à presa, que está causando essa perturbação. Outros receptores (conhecidos como ampolas de Lorenzini, são células especializadas, com uma forma similar à de minúsculas "garrafas") situadas em toda região da cabeça do animal, permitem-lhe captar também campos elétricos de frequência variável, que provavelmente usam para orientar-se nas suas migrações, percorrendo grandes distancias. O seu olfato é tão potente que a presença de uma só gota de sangue a quilômetros de distância serve para atraí-lo, ao mesmo tempo que o torna muito mais agressivo. A visão também é bem desenvolvida e tem um papel muito importante na aproximação final à presa e o seu peculiar estado sempre atento, permitindo o ataque a partir de debaixo da mesma.

     Tamanho

    O comprimento mais frequente entre os tubarões adultos é de cinco a sete [metros] (sendo as fêmeas maiores do que os machos), ainda que se conheçam casos de indivíduos excepcionais que ultrapassam amplamente estas medidas. Na atualidade, não se pode assegurar qual é realmente o tamanho máximo nesta espécie, fato que se vê reforçado pela existência de notas antigas, pouco fiáveis, sobre animais realmente gigantescos. Vários destes casos analisam-se no livro The Great White Shark (1991), de Richard Ellis e John E. McCosker, ambos peritos em tubarões.
    Durante décadas, muitos livros de referência no campo da ictiologia reconheceram a existência de um tubarão-branco de 11 metros, capturado perto de Port Fairy (sul da Austrália) na década de 1870, o que se considerava o maior indivíduo conhecido. Ao abrigo desta medida máxima de comprimento, os registros de tubarões brancos de sete metros de largura foram considerados, até certo ponto, comuns e aceites sem grande discussão. Apesar disso, vários investigadores puseram em dúvida a fiabilidade do relatório de Port Fairy, insistindo na grande diferença de tamanho entre este indivíduo e qualquer um dos oconstrução do Porto de Suape.utros tubarões brancos capturados. Um século depois da captura, estudaram-se as mandíbulas do animal, ainda conservadas, e pode-se determinar que o seu tamanho corporal real rondava os cinco metros de comprimento. A confusão pode ter sido resultado de uma falha tipográfica, um erro derivado da tradução de unidades de unidades anglo-saxãs, ou internacionais (cinco metros são cerca de 16,5 pés), ou um simples exagero. [2]
    Tubarão-branco, nadando com outros peixes
    Voltando a Ellis e McCosker, estes asseguraram, na sua obra, que os maiores tubarões brancos rondam os seis metros de comprimento, e que as informações sobre indivíduos de sete metros ou mais, especialmente as existentes na literatura popular, não estão presentes na científica. Realçam o acontecido, em igual base, com a anaconda e a pitão gigante, "estes tubarões gigantes tendem a desaparecer quando um observador responsável se aproxima com uma fita métrica".
    O maior exemplar que Ellis e McCosker reconhecem é um tubarão-branco de 6,4 metros, capturado nas águas cubanas, em 1945, embora outras citações atribuam tamanhos variáveis que chegam até aos 7,9 metros. Uma fêmea, de entre sete e 7,8 metros, foi encontrada morta numa praia de Malta, em 1987, longe da zona com maior concentração de tubarões brancos do Mediterrâneo.[3]
    Em 2006, a maioria dos peritos já está de acordo em que o tamanho máximo que pode alcançar um tubarão-branco "não excepcional" é de uns seis metros de comprimento e cerca de 1,9 toneladas de peso. As informações sobre tamanhos muito maiores que este costumam considerar-se duvidosas.
    Relativamente ao peso, surge um novo problema, já que este pode variar ligeiramente, em função do que o tubarão tenha comido e se o fez o ou não há pouco tempo. Um exemplar adulto pode introduzir na boca até quatorze kg de carne, numa só mordida, e armazenar várias vezes essa quantidade, no seu estômago, até que termine de digeri-los. Por esta razão, Ellis e McConker consideram possível que os tubarões brancos possam chegar a alcançar as duas toneladas de peso, ainda que o mais pesado que se encontrou até ao momento pese "apenas" 1,75 toneladas.
    O mais pesado tubarão-branco reconhecido pela Associação Internacional de Pesca Desportiva (IGFA, em inglês) é um exemplar de 1.208 kg, capturado por Alf Dean, em 1959, ao sul da Austrália. Conhecem-se muitos outros exemplares mais pesados, mas a IGFA não os reconhece, por terem sido capturados sem respeitar as normas impostas por esta organização.
    No Brasil, o tubarão branco tornou-se conhecido pela maioria dos que moram no litoral sul de estado de Pernambuco, especialmente aqueles que residem nas proximidades das praias de Suape, Paiva, Candeias, Piedade e Boa Viagem, na Região Metropolitana de Recife. Isto porque a ampliação do Porto de Suape -um grande empreendimento local- ocasionou alguns transtornos à natureza e às espécies de vida marítima ali existentes, pois tais mudanças fizeram com que este tubarão mudasse sua rota de caça ao alimento, fazendo com que ele fosse às prais mais próximas em busca de alimento, e não encontrando, atacassem os banhistas e surfistas, fazendo muitas vítimas, algumas delas fatais. Com isso, estas praias tiveram algumas áreas restritas ao acesso dos banhistas e à pratica do surf.

     Distribuição

    O tubarão-branco vive sobre as zonas de plataforma continental, perto das costas, onde a água é menos profunda.
    O tubarão-branco vive sobre as zonas de plataforma continental, perto das costas, onde a água é menos profunda. É nestas zonas, onde a abundância de luz e correntes marinhas provocam uma maior concentração de vida animal, o que, para esta espécie, equivale a uma maior quantidade de alimento. Ainda assim, estão ausentes dos frios oceanos ártico e antártico, apesar de sua grande abundância em plâncton, peixes e mamíferos marinhos. Os tubarões brancos têm um avançado metabolismo, que lhes permite manterem-se mais quentes do que a água que os rodeia, mas não o suficiente para povoar estas zonas extremamente frias.[4]
    Áreas com presença frequente de tubarões brancos são as águas das Pequenas Antilhas, ou Golfo do México, Flórida, Cuba e a Costa Este dos Estados Unidos até à Terra Nova; a zona costeira do Rio Grande do Sul à Patagónia, a do Oceano Pacífico na América do Norte (desde a Baja California até ao sul do Alasca, onde chegam em anos anormalmente quentes) e da América do Sul (desde o Panamá ao Chile); arquipélagos do Oceano Pacífico, como Havai, Fiji e Nova Caledónia; Austrália (com a excepção de sua fronteira norte, sendo abundante na restante área), Tasmânia e Nova Zelândia, sendo muito frequente na zona da Grande Barreira de Coral; norte das Filipinas e todo o litoral asiático, desde Hainan até ao Japão e Sacalina; Seychelles, Maldivas, África do Sul (onde é muito abundante) e as zonas em volta dos estuários dos rios Congo e Volta; e a fronteira costeira desde o Senegal até à Inglaterra, com ajuntamentos consideráveis nas ilhas de Cabo Verde a das Canárias, alcançando também os mares Mediterrâneo e Vermelho. Nestas últimas zonas é onde a presença humana, manifestada através da super-exploração pesqueira e a contaminação das águas, tem reduzido consideravelmente a distribuição desta espécie. Apesar disso, parece que persiste na área alguma zona de criação, como por exemplo o Estreito de Messina. Ocasionalmente, esta espécie pode alcançar também águas da Indonésia, Malásia, o Mar de Okhotsk e a Terra do Fogo.[5][6][7]
    Normalmente mantém-se a uma certa distância da linha costeira, aproximando-se só naquelas zonas de especial concentração de atuns, focas, pinguins ou outros animais de hábitos costeiros. Igualmente, costuma permanecer próximo da superfície, ainda que, ocasionalmente, desça até cerca de um quilómetro de profundidade.

     Alimentação

    Tubarão alimentando-se, à superfície.
    Os tubarões brancos diferem muito do que popularmente se lhes chama, máquinas de matar, segundo a (lenda urbana). Para poder capturar os grandes mamíferos que constituem a base da sua dieta dos adultos,[8] os tubarões brancos recorrem a uma característica emboscada: colocam-se a vários metros por baixo da presa, que nada na superfície ou perto dela, usando a cor escura de seu dorso como camuflagem com o fundo, tornando-se assim, invisíveis para as suas vítimas. Quando chega o momento de atacar, avançam rapidamente para cima, com potentes movimentos do colo e abre as mandíbulas. O impacto costuma chegar ao ventre, onde o tubarão aferra fortemente a vítima: se esta é pequena, como um leão-marinho,[9] mata-a no acto e posteriormente engole-a inteira. Se é maior, arranca um grande pedaço da mesma, que ingere inteiro, já que os seus dentes não lhe permitem mastigar. A presa pode morrer imediatamente ou ficar moribunda, e o tubarão voltará a alimentar-se dela, arrancando um pedaço atrás de outro. Excitados pela presença de sangue, a zona encher-se-á de tubarões. Em algumas zonas do Pacífico, tubarões brancos arremetem com tanta força as focas e os leões-marinhos, que estes se elevam alguns metros sobre o nível da água, com sua presa entre as mandíbulas, antes de voltar a afundar-se.
    Esta espécie também consome carniça, especialmente a que procede de cadáveres de baleia à deriva, dos quais arrancam grandes pedaços. Próximo das zonas costeiras, os tubarões brancos consomem grandes quantidades de objetos flutuantes, por engano: nos seus estômagos já se chegou a encontrar, inclusive, matrículas de automóvel.
    Tanto na caça como nos outros vários aspetos da sua vida, o tubarão-branco costuma ser bastante solitário. Ocasionalmente vêem-se parelhas, ou pequenos grupos, deslocando-se em busca de alimento, trabalho que os leva a percorrer centenas de quilómetros. Ainda que preferentemente nómadas, alguns exemplares preferem alimentar-se em certas zonas costeiras, como ocorre em algumas regiões da Califórnia, África do Sul e, especialmente, Austrália.

     Inimigos naturais

    O tubarão-branco é o maior dos peixes carnívoros e um dos animais mais poderosos dos oceanos. Entretanto, tem um grande inimigo: o ser humano.
    Além disso, também tem que temer a orca (seu único inimigo em todo o oceano mesmo quando este é adulto, mas quando adulto pode destroçar qualquer coisa, inclusive a sua própria espécie, menos a orca). Em outubro de 1997, nas águas que banham as ilhas Farallon (na costa da Califórnia) ocorreu um ataque de uma orca fêmea de 6,5 metros conhecida pelos cientistas como ca2 contra um tubarão-branco jovem de 3 metros de tamanho, durante o qual o tubarão morreu. Mas o tubarão-branco, quando está completamente desenvolvido, carece de inimigos ou predadores, somente quando é filhote pode ser atacado pelas orcas ou por tubarões maiores. Não há nenhum caso documentado de ataque de orca contra um Carcharodon carcharias adulto.

     Reprodução

    Ainda que apenas existam poucos casos de fêmeas grávidas capturadas, pode-se afirmar que esta espécie prefere reproduzir-se em águas temperadas, na primavera ou verão, e é ovovivípara. Os ovos, de 4 a 10 ou talvez até 14, permanecem no útero até que eclodem: é possível que no tubarão-branco se dê o canibalismo intra-uterino (sendo as crias mais frágeis e os ovos ainda por abrir devorados por seus irmãos mais fortes) da mesma forma que acontece em outras espécies de lâmnidos, mas por agora não é algo que esteja totalmente provado. Entre três ou quatro crias de 1,20 metros de comprimento e dentes serrados conseguem sair ao exterior no parto e imediatamente se evadem de sua mãe para evitar serem devoradas por ela. Desde então levam uma vida solitária, crescendo a um ritmo bastante rápido. Alcançam os dois metros no primeiro ano de vida; os machos, menores que as fêmeas, amadurecem sexualmente antes que estas, quando alcançam os 3,8 m de comprimento, ainda que de acordo com Compagno (1984) alguns indivíduos poderiam amadurecer excepcionalmente quando contam com apenas dois metros e meio. As fêmeas não podem se reproduzir até que alcancem entre 4,5 e 5 m de comprimento.
    Não se conhece muita coisa sobre as relações intra-específicas que se dão nesta espécie, e o que sabe sobre o acasalamento não é uma exceção. É possível que este se produza com mais frequência depois de que vários indivíduos compartilham um grande banquete, como por exemplo, um cadáver de baleia. A vida média para esses animais não se conhece com exatidão, mas é provável que oscile entre os 15 e 30 anos.[10]

     Perigo de extinção

    Devido à ampla área de distribuição desta espécie, é impossível saber o número de tubarões-brancos que existem, ainda que seja de forma aproximada. Apesar disso, sua baixa densidade populacional, unida a sua escassa taxa de reprodução e sua baixa esperança de vida fazem que o tubarão-branco não seja um animal precisamente abundante. A pesca esportiva do tubarão, sem interesse econômico algum, se desenvolveu nos últimos 30 anos devido, em grande parte, à popularidade de filmes como Tubarão (Steven Spielberg, 1975) até o ponto de se considerar a ameaça de extinção em vários lugares.[11][12]
    Tubarão-branco, dentro de um aquário
    A lista vermelha da IUCN incluiu o tubarão-branco pela primeira vez em 1990 como espécie insuficientemente conhecida, e desde 1996, como vulnerável. O II Apêndice do Convênio CITES o inclui como espécie vulnerável sendo explorada irracionalmente.
    As medidas de conservação devem se aplicar obrigatoriamente sobre as populações em liberdade, já que a criação em cativeiro do tubarão-branco é impossível, devido provavelmente ao acusado caráter nômade da espécie (se tem dados de indivíduos visitando alternativamente as praias da África do Sul e Austrália, a 2.200 km de distância). O único exemplar que chegou a ser exibido vivo em um edifício foi uma fêmea jovem chamada Sandy, que viveu durante três dias do mês de agosto de 1980 no aquário Steinhart, de São Francisco. Depois de 72 horas em cativeiro, Sandy teve que ser libertada após deixar de comer e de se provocar graves feridas ao se chocar repetidamente contra uma das paredes do seu recinto. Posteriormente, se descobriu que o que atraia Sandy até esse lugar em particular era uma minúscula diferença de 125 microvolts (milhonésimos de volts) de potencial elétrico entre essa parede e o resto das do aquário. A intensidade do campo elétrico que Sandy detectava era tão pequena que passava despercebida para qualquer dos outros animais que se encontravam no mesmo tanque, incluindo vários tubarões de outras espécies.
    Por enquanto, não existe nenhuma moratória legal internacional sobre a pesca do tubarão-branco, ainda que esteja proibida em algumas áreas de sua distribuição. O tubarão-branco é uma espécie protegida na Califórnia, na costa leste dos Estados Unidos, no Golfo do México, na Namíbia, na África do Sul, nas Maldivas, em Israel e parte da Austrália (Austrália Meridional, Nova Gales do Sul, Tasmânia e Queensland). A Convenção de Barcelona o considera uma espécie ameaçada no Mediterrâneo, mas quase nenhum país com saída para este mar se efetuou alguma medida em favor de sua conservação.[13]

    Ataques a seres humanos

    O tubarão-branco é uma ameaça que requer cuidados extremos, já que mostra comportamento alimentar muito diversificado. Sua dieta é composta basicamente por focas e leões-marinhos; isso se dá porque esses animais possuem muita gordura. No entanto, essa espécie se mostra agressiva à qualquer animal - presa - que transite próximo. Há muitas dúvidas se essa postura é por curiosidade, ou realmente voracidade alimentar. Cientistas ainda divergem se tubarões brancos confundem humanos com focas, tartarugas ou leões marinhos. Em alguns testes recentes, um boneco vestindo uma roupa de mergulho foi seguidas vezes atacado por um tubarão branco, mesmo sem conter aroma de carne, peixe ou esboçar movimentação. Para se ter uma idéia da visão desses animais, eles conseguem distinguir espécies de leões marinhos e diferenciar o ataque por espécie, para evitar um possível ferimento durante a caça. [14] Como o corpo de humano não possui tanta gordura, o tubarão pode não partir para o segundo ataque.[15] O tubarão-branco pode projetar sua mandíbula durante um ataque, o que aumenta o ângulo da mordida.
    Tubarão-branco, a ser capturado
    Apesar de se ter criado uma lenda urbana, os ataques de tubarões contra seres humanos são bastante raros. Dentro desses, os do tubarão-branco podem ser considerados anedóticos se comparados com os do tubarão-tigre (Galeocerdo cuvier)[16] ou o tubarão-cabeça-chata (Carcharhinus leucas), o último dos quais pode incluir remontar grandes rios (Mississipi, Amazonas, Zambeze etc.) e atacar as pessoas a vários quilômetros do mar. Além disso, as mortes causadas por estas três espécies em seu conjunto são inferiores às provocadas por serpentes marinhas e crocodilos cada ano, e inclui menores que os falecimentos ocasionados por animais tão aparentemente inofensivos como abelhas, vespas e hipopótamos. Considera-se que é mais provável morrer de um ataque do coração em alto-mar que por um ataque de um tubarão.
    Conforme Douglas Long, "morre mais gente cada ano por ataques de cachorros do que por ataques de tubarões brancos nos últimos 100 anos".[17][18] Em lugares onde a sua presença não é tão abundante, os ataques alcançam números realmente irrisórios: por exemplo, em todo o Mediterrâneo só se tem confirmado 31 ataques contra seres humanos nos últimos 200 anos, em sua maioria sem resultado de morte. De acordo com alguns investigadores americanos, a cifra de ataques de tubarões brancos a nível global entre 1926 e 1991 seria de 115, sendo Califórnia, Austrália e África do Sul os lugares de maior concentração desses ataques.
    Essa escassez de ataques, sobretudo mortais, pode ser ocasionada porque a que a maioria dos tubarões em geral e os brancos, em particular, não considerem aos humanos como autênticas presas potenciais. Ou, devido à queda na população deste animal. De feito, é possível que o sabor da carne humana seja incluso como algo desagradável, e também seja menos nutritiva e muito mais difícil de digerir que a de baleia ou foca. A grande maioria de ataques consistem em uma única mordida, depois o qual o animal se retira, levando poucas vezes alguma parte da infortunada vítima (principalmente pés e pernas). Estes ataques podem ter as seguintes razões:
    • O tubarão não ataca a vítima com intenção de comê-la no ataque, mas porque a considera uma intrusa na sua atividade diária e vê-a como uma ameaça em potencial. Por isso, a mordida e posterior retirada do tubarão nada mais seria do que uma desproporcionada advertência.
    • O animal sente-se confuso ante algo que nunca tinha visto antes e não sabe se é comestível ou não. Portanto, o fugaz ataque é uma espécie de "mordida-prova" com a intenção de descobrir se pode ou não alimentar-se desse novo elemento, no futuro. O possível sabor desagradável e complicações digestivas posteriores farão com que o tubarão não volte a caçar humanos, após esta experiência.[19]
    Dada a natureza do ataque, a vítima humana morre apenas em raras ocasiões, durante o mesmo. Quando isso acontece, a maioria das vezes é devido à perda massiva de sangue, que deve evitar-se de imediato. A libertação de sangue na água pode atrair também outros tubarões e peixes carnívoros, de diversas espécies, que podem ver-se impulsionados a realizar suas próprias "mordidas de prova", que piorarão o estado da vítima.
    Contudo, o perigo de ataque existe sempre, por mais remoto que seja. Uma pesquisa mostra que cerca de 80% das mortes causadas por tubarões brancos ocorreram em águas bastante quentes, quase cálidas, equatoriais, quando a maioria destes animais vive em zonas temperadas. Isto se deve provavelmente ao fato de que a grande maioria dos tubarões brancos são jovens e crias, que necessitam das águas temperadas para o seu desenvolvimento, enquanto que nas zonas mais quentes apenas entram os indivíduos maiores e velhos, que são muito mais violentos e perigosos.
    Fizeram-se vários ensaios de métodos para evitar as feridas por mordedura de tubarão-branco, em caso de um ataque repentino, entre elas encontram-se repelentes químicos, cotas de malha metálicas que se sobrepõem aos trajes de mergulho e acessórios que geram um campo eléctrico em torno do tronco do surfista e desorientam qualquer tubarão que se aproxime. No entanto, por muito eficientes que possam ser estes métodos, parece evidente que o melhor a fim de evitar ataques será não cometer imprudências, como afastar-se demasiado da costa, nadar sozinho ou nas primeiras e últimas horas do dia, ou, evidentemente, aproximar-se, de forma deliberada, de um exemplar, sobretudo se for de tamanho considerável.

    O tubarão-branco na ficção

    Na ficção, o tubarão-branco aparece como encarnação do perigo, em várias culturas. No entanto, a atual caracterização popular do tubarão-branco como o assassino do mar, por excelência, não existiria (ou não estaria tão difundida) se não fosse o filme Tubarão, em 1975. O filme é baseado na novela Jaws (romance) (1974) de Peter Benchley, que se inspira vagamente no sucesso histórico: a morte e mutilação de diversas pessoas, causadas por ataques de um tubarão que foi identificado como branco, em Nova Jersey, em 1916. Este filme virou as atenções para o tubarão-branco. Entretanto, outros filmes se fizeram, e o tubarão aparece neles como assassino, repetindo o êxito de seu predecessor. Entre esses está também o filme de animação Procurando Nemo, em 2003, da Disney, que inclui personagens cômicos representados por este tubarão