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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

os mais bonitos animais marinhos

Todo animal tem uma beleza própria, que o torna fascinante. Alguns animais, porém, são tão bonitos que se destacam. Confira algumas imagens incríveis de animais marinhos e escolha o seu preferido:

As focas vivem nas costas da América do Norte, da Europa e da Ásia. Seus bigodões são usados para que elas consigam sentir o movimento das suas presas (camarões, lulas e peixes). A foca da foto é a Amélia, que vive em um aquário de Boston, nos EUA.

Os filhotes de foca, enquanto filhotes, são peludos e branquinhos – só depois de amadurecerem que eles ganham os pêlos cinzentos.

Apesar de polvos serem assustadores – eles não têm ossos e têm oito braços enormes cheios de ventosos – dependendo do ângulo eles podem ser muito bonitos. Além disso eles são os mais inteligentes dos invertebrados (e não apenas por causa do polvo Paul, que previu os resultados da copa).

As tartarugas verdes podem nadar enormes distâncias sem se alimentar – normalmente o local onde elas se alimentam e onde elas botam os ovos são muito distantes. Devido à pesca e à busca pelos ovos da tartaruga elas estão entrando em extinção. Além disso a poluição marinha é um grande problema para elas.

Esse bichinho não é um filhote de urso polar, mas sim uma lontra bebê. Eles nadam por aí com as barrigas para cima, equilibrando pedaços de peixe nelas enquanto mastigam o lanche. As lontras também são fonte de preocupação para organizações ambientalistas já que elas costumavam (e ainda costumam, mas em menor escala) ser caçadas pela sua pele.

Você pode estar pensando “claro que a lista não estaria completa se os golfinhos não estivessem presentes nela” mas esse, na verdade, não é um golfinho: é uma beluga, uma espécie de baleia que vive nas águas geladas do ártico. Elas são muito sociáveis e viajam em bando.

Até mesmo os tubarões, que são conhecidos por serem verdadeiras máquinas assassinas podem ter seu charme. Os adultos dessa espécie podem chegar a um metro de comprimento, mas seus filhotes até parecem brinquedos. Eles abundavam no Mediterrâneo, mas agora estão quase extintos.

Agora sim os golfinhos. Os golfinhos nariz de garrafa são uma das mais amadas espécies marinhas por terem esse sorriso constantemente estampado em seus focinhos. Eles são muito inteligentes e essa inteligência vai além dos shows em parques aquáticos – eles recentemente foram treinados para encontrar minas dentro dos mares e indicá-las a humanos. [Our Amazing Planet

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Bisonte-europeu

Como ler uma caixa taxonómicaBisonte-europeu
Bison bonasus (Linnaeus 1758).jpg
Estado de conservação
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Artiodactyla
Família: Bovidae
Subfamília: Bovinae
Género: Bison
Espécie: B. bonasus
Nome binomial
Bison bonasus
(Lineu, 1758)
Distribuição geográfica
Área de distribuição
Área de distribuição
Bisonte-europeu ou bisão-europeu (Bison bonasus), também conhecido como wisent, é o maior mamífero terrestre da Europa. Um indivíduo típico desta espécie mede 2,9 metros de comprimento e entre 1,80 a 1,90 de altura, pesando de 300 a 920 quilogramas. É menos corpulento que o bisão-americano (Bison bison). O seu cabelo no pescoço e na cabeça é mais curto que o do bisão-americano.

Habitat

O bisonte-europeu é um animal típico de florestas. Ao longo de sua distribuição histórica sofria a predação de lobos, ursos, tigres (no Cáucaso e sudoeste da Rússia) e leões (na Grécia e países adjacentes).

Quase extinção

O bisonte na antiguidade habitava uma vasta área que se estendia desde as ilhas Britânicas e a Península Ibérica a Sibéria Ocidental e da Escandinávia ao Cáucaso e noroeste do Irã. Alguns deles foram utilizados no Coliseu de Roma, aonde enfrentavam gladiadores ou mesmo outros animais como leões e ursos. Porém, devido à ação humana em seu habitat, sua distribuição foi diminuindo ao longo da história, chegando no começo do século XX à beira da extinção.
No século XII já se encontravam extintos em quase toda a Europa Ocidental, sobrevivendo apenas nas Ardenas, aonde viveram até meados do século XIV. No leste os bisontes viviam sob a proteção de alguns soberanos locais, tais como reis poloneses, khans tártaros, príncipes lituanos e czares russos. Em meados do século XV o rei Sigismundo, o Velho da Polônia instituiu pena de morte para a caça do bisão. Apenas os nobres podiam caçar o bisão, o que lhe assegurou por um bom tempo uma sobrevivência aceitável na Europa Oriental.
Bisão-europeu no Parque Nacional Bialowieza
Na Primeira Guerra Mundial muitos dos bisontes ainda restantes foram mortos para alimentar os soldados na frente de batalha. Em 1919 o último bisão selvagem na Polônia foi morto e em 1927 o último bisonte selvagem no mundo foi morto por caçadores no Cáucaso Ocidental. Naquela época restavam menos de 50 indivíduos, todos em zoológicos.
A partir de 1951 foram reintroduzidos com sucesso alguns bisontes criados em cativeiro. São encontradas manadas livres no Cáucaso Ocidental na Rússia e no Parque Nacional Bialowieza na Polônia, Bielorússia e Ucrânia. Zoológicos em 30 países também têm alguns indivíduos. Em 2000, havia 3000 indivíduos, todos descendentes de apenas 12 indivíduos. Devido à seu limitado patrimônio genético, eles são considerados extremamente vulneráveis a doenças.
Em 1996 a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais classificou o bisonte-europeu como espécie em perigo.

 Ver também

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Falcão-peregrino

Como ler uma caixa taxonómicaFalcão-peregrino
Accipiter gentilis -injured Goshawk.jpg
Estado de conservação
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Falconiformes
Família: Falconidae
Género: Falco
Espécie: F. peregrinus
Nome binomial
Falco peregrinus
Tunstall, 1771
Distribuição geográfica
██ Nidificação migrante ██ Nidificação residente ██ Invernação migrante ██ Visitante de passagem
██ Nidificação migrante
██ Nidificação residente
██ Invernação migrante
██ Visitante de passagem
O falcão-peregrino (Falco peregrinus) é uma ave de rapina diurna de médio porte que pode ser encontrada em todos os continentes excepto na Antártida. A espécie prefere habitats em zonas montanhosas ou costeiras, mas pode também ser encontrado em grandes cidades como Nova Iorque. Na América do Sul, ele só surge como espécie migratória, não nidificando aqui. Como ave reprodutora, é substituído na América do Sul por uma espécie similar e um pouco menor, o falcão-de-peito-laranja.

Índice

 

 Estatuto de conservação

A nível global é considerado pouco preocupante (LC).[1]
Em Portugal é considerada vulnerável (VU).[2]

 Protecção legal

Decreto-Lei nº 140/99 de 24 de Abril, Transposição da Directiva Aves 79/409/CEE de 2 de Abril de 1979, com a redacção dada pelo Decreto-Lei nº 49/2005 de 24 de Fevereiro – Anexo I
Decreto-Lei nº 316/89 de 22 de Setembro, transposição para a legislação nacional da Convenção de Berna – Anexo II
Decreto-lei nº 103/80 de 11 de Outubro, transposição para a legislação nacional da Convenção de Bona – Anexo II
Decreto-Lei nº 114/90 de 5 de Abril, transposição da Convenção e Washington (CITES)
Regulamento CE nº 1332/2005 de 9 de Agosto (alteração ao Reg. CE nº 338/97 de 9 de Dezembro) – Anexo I-A

 História evolutiva

O que diferencia os falcões das demais aves de rapina é o fato de terem evoluído no sentido de uma especialização no voo em velocidade (em oposição ao voo planado das águias e abutres e ao voo acrobático dos gaviões), facilitado pelas asas pontiagudas e finas, favorecendo a caça em espaços abertos – daí o fato dos falcões não serem aves de ambientes florestais, preferindo montanhas e penhascos, pradarias, estepes e desertos.

 Morfologia

 Morfologia Externa

O falcão peregrino é uma ave de médio porte, corpo compacto, pescoço curto e cabeça arredondada com grandes olhos negros. Na Península Ibérica, o comprimento do falcão peregrino varia entre os 40 e os 50 cm, o peso médio de um macho adulto rondará as 600 gramas e o de uma fêmea anda à volta das 900 gramas.
A perfeita e rápida locomoção no ar deve-se a diversas adaptações. Sendo uma ave, o seu corpo é revestido com penas, que têm origem na epiderme, as quais têm uma função isoladora e são impermeáveis. No geral, as penas apresentam uma cor azul-acinzentada com listas escuras, sendo as das asas rígidas e as restantes bem justas ao corpo. Na cabeça têm uma coroa preta, a cauda tem pontas brancas e a sua barriga esbranquiçada apresenta pintas. As asas apresentam uma envergadura entre os 80 e os 115 centímetros. A sua cauda é curta, ao contrário das suas asas que são longas e ponte agudas, e as patas estreitas e longas. Todo o seu corpo se encontra bem adaptado às suas performances de voo.

Dimorfismo sexual

As suas dimensões variam consoante a sua subespécie e o macho é menos corpulento do que a fêmea (dimorfismo sexual). Ela, mais corpulenta e cinzenta; ele, mais franzino do que a fêmea, escuro e desconfiado.

 Ecologia

Falcão-peregrino pousado num navio, enquanto come.
Falcão-peregrino progenitor com cria num ninho.
Falcão-peregrino adulto no ninho.

 Actividade

Esta ave possuí hábitos diurnos, apesar de por vezes também apresentar atividades noturnas.

 Hábitos alimentares

É uma espécie ornitófaga, isto é, alimenta-se quase exclusivamente de outras aves, que alcança facilmente no voo. Na maior parte dos casos, a composição da dieta reflecte a composição da avifauna existente na sua área vital. É uma das mais rápidas aves, o seu mergulho chega a 300 km/h. O choque que a presa leva ao ser atingida em pleno voo pelas garras do peregrino é tão forte que morre instantaneamente. A sua presa de eleição é o Pombo-da-Rocha (Columba livia), que frequentemente constitui mais de 50% da dieta.
Este facto dever-se-á não apenas à abundância de pombos, como ao facto destes constituírem uma refeição altamente energética e de dimensões óptimas para a caça e transporte em voo. Caça usualmente sozinho, podendo também haver uma cooperação entre pares.
Requer extensos campos abertos para caçar, incluindo biótopos estepárias, zonas húmidas e arribas costeiras. Caça também nas proximidades de encostas escarpadas e falésias aproveitando a surpresa e o desnível para alcançar as suas presas em voo.
Como ave que freqüenta ambientes urbanos atrás de presas como os pombos, o falcão-peregrino às vezes não pode consumir as aves que abate por conta do tráfego de pessoas e viaturas; em Santos, no litoral paulista, é comum achar pombos mortos abatidos por falcões-peregrinos migratórios (Falco peregrinus tundrius) e abandonados na via pública. Note-se também que, no que diz respeito à escolha de suas presas, o falcão-peregrino é oportunista, caçando quaisquer aves presentes na sua área de ocorrência: nos manguezais de Cubatão, por exemplo, caça inclusive exemplares juvenis de guará (Eudocinus ruber).

 Reprodução

A reprodução do falcão é sexuada, isto é, realiza-se com a intervenção de um macho e de uma fêmea. Esta ave é um animal ovíparo, porque se desenvolve dentro de um ovo e fora do corpo materno. Neste caso, o embrião alimenta-se das substâncias nutritivas de reserva que estão no interior do ovo.
Geralmente, o falcão peregrino põe os seus ovos (103 ovos) num penhasco, muitas vezes sem ninho e são incubados pelo casal de pais durante um mês. Durante esse mês, embora os dois progenitores cacem, é normalmente a fêmea que leva a comida para o ninho e, quando isto não acontece, o macho apenas vai depositar a captura para que a sua companheira trate da prole.

Comunicação

Os falcões emitem uma notável variabilidade de sons dependendo das situações, do sexo e da idade. Todos eles são combinações de sons mais ou menos largos e mais ou menos agudos.

Habitats

Nidifica em arribas marítimas, também em ilhas rochosas ou em precipícios em zonas montanhosas, e ao longo de vales de rios. Dado a sua adaptabilidade, e em situações sem perturbação, encontra-se por vezes em estruturas altas e inacessíveis construídas pelo Homem , como torres, ruínas, antenas e pontes. Evita zonas com intensa actividade humana, ou florestas densas, pântanos com vegetação densa, extensas áreas de planície e zonas agrícolas, e áreas cobertas e extensas de água. No Inverno o Falcão-peregrino está associado a zonas abertas com abundância de presas. Dormem de noite em sítios abrigados, em superfícies rochosas, e às vezes recorrem também a árvores.
Antes da postura, o casal dorme junto no penhasco escolhido para nidificar e durante a incubação o macho dorme noutro lugar.

 Inimigos naturais

O falcão-peregrino é muita vezes vítima de outras aves de rapina que roubam as suas presas, à semelhança dos leopardos, que muitas vezes vêem a sua refeição assaltada por hienas. Como predador solitário, o falcão não pode arriscar morrer de inanição por ferimentos obtidos numa luta por uma presa já abatida.

 Longevidade

A maior esperança de vida conhecida de um falcão em cativeiro é de 25 anos.

 Distribuição

Espécie cosmopolita no Mundo, só não existindo na Antártida. Ocorre em grande parte da Euroásia e nidifica na maioria dos países europeus. As populações do norte e do leste do Paleárctico Ocidental são fundamentalmente migradoras, enquanto que as do sul e do oeste são sedentárias, com as populações intermédias movimentos nómadas e dispersos, em particular as mais setentrionais.
Em Portugal, o falcão-peregrino tem uma distribuição bastante alargada, embora dispersa, que compreende grande parte da região Norte e a parte central da região Centro e ainda as arribas marinhas de Portimão-Alvor até Sines, da serra da Arrábida até ao Cabo Mondego, não ocorrendo ou sendo raro na restante área.
Na faixa costeira do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV), encontra-se uma boa percentagem das aves que vivem em Portugal. Segundo o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), há apenas 79 a 100 casais de falcões-peregrinos em Portugal.

 Fatores de ameaça

  • Envenenamento com insecticidas organoclorados como o DDT.
  • O abate a tiro, nomeadamente na caça aos pombos nas falésias marinhas e a diminuição desta presa potencial poderão também ter contribuído para o declínio destes falcões no passado.
  • O roubo de ovos para coleccionismo e de crias para falcoaria já deverá ter tido mais importância, mas não deixa de merecer ainda assim preocupação.
  • A mortalidade por electrocussão ou colisão em linhas de transporte de energia é uma realidade em Portugal.
  • Pode ser afectado por morbilidade e mortalidade causadas por doenças transmitidas pelos pombos.
  • A destruição e degradação de habitat, a abertura de acessos perto de fragas inferiores e falésias marinhas, bem como o aumento da perturbação causada por várias actividades de turismo e lazer na proximidade dos ninhos, poderão levar ao abandono ou inviabilizar a recolonização de antigos territórios.

 Caso DDT

O falcão-peregrino é muito sensível ao envenenamento com inseticidas organoclorados como o DDT, com os quais entra em contacto através da gordura de suas presas, e que provocam enfraquecimento da casca de seus ovos e esterilidade. O uso do DDT afectou gravemente as populações residentes na Europa ocidental e América do Norte durante as décadas de 1950 e 1960. A situação foi invertida com o banimento destes compostos das práticas agrícolas e pela liberação na natureza de indivíduos criados em cativeiro. Segundo Helmut Sick, este esforço de recuperação por liberação de animais criados em cativeiro (alguns mestiços de subespécies diferentes) reduziu a intensidade da migração de falcões do leste da América do Norte para o Brasil, já que parte das populações recuperadas perdeu o hábito migratório. Os falcões-peregrinos presentes no Brasil entre outubro e abril, durante o inverno boreal, pertencem à subespécie F. p. tundrius, mais ártica; outra subespécie norte-americana, F. p. anatum, é residente, não migrando para a América do Sul. Contudo, desconhecem-se efeitos nesta espécie dos pesticidas actualmente utilizados em Portugal.

 Medidas de conservação

  • Reavivar e intensificar campanhas de sensibilização e de conservação da fauna, em particular das aves de rapina e outros predadores, dirigidas a caçadores, guardas e gestores de caça, afim de minimizar ou erradicar o abate ilegal e roubo de ninhos;
  • Sensibilização dos agricultores para a adopção de boas práticas agrícolas, tanto em termos da racionalização no emprego dos pesticidas, como da utilização preferencial pela luta integrada e de produtos de mais rápida e inofensiva degradação;
  • Reforço da fiscalização e uma aplicação mais efectiva da lei, relativamente às infracções e crimes contra a natureza e as aves de rapina em particular. Neste aspecto, não devem ser esquecidos a fiscalização e um controlo apertado sobre animais comercializados e utilizados em falcoaria e cetraria, nomeadamente sobre as suas proveniências;
  • Incentivo ao recurso mais generalizado das medidas agro-ambientais junto a proprietários e produtos agrícolas, de modo a ser mantida a agricultura e pecuária extensivas, pastagens e pousios;
  • Condicionamento temporal do acesso e das actividades nas proximidades dos locais de ninhos e sensibilização do público em geral e dos praticantes de desportos radicais, em particular, para a conservação das espécies rupícolas ameaçadas e minimização da sua perturbação

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Guaxinim


Como ler uma caixa taxonómicaGuaxinim
Procyon lotor (Common raccoon).jpg
Estado de conservação
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Procyonidae
Género: Procyon
Espécie: P. lotor
Nome binomial
Procyon lotor
Linnaeus, 1758
Distribuição geográfica
Nativo das áreas a vermelho.Introduzido nas áreas a azul.
Nativo das áreas a vermelho.
Introduzido nas áreas a azul.
Sinónimos
Ursus lotor
Linnaeus, 1758
O guaxinim[1] (Procyon lotor), também chamado mapache e rato-lavadeiro em Portugal ou mão-pelada ou zorrinho (no Brasil)[2], é um mamífero da família dos procionídeos bastante parecido com o mão-pelada, porém com as patas esbranquiçadas. Tais animais são encontrados nas Américas do Norte, Central e do Sul e também são conhecidos pelo nome de racum. Existem também na Europa Central e no Cáucaso, onde estabeleceram-se após as fugas dos quintais de criação de peles.
É conhecido pelo público em geral possivelmente devido a vários filmes de animações, como Pocahontas, Over the Hedge, Dr. Dolittle 2, entre outros.

Índice

 

 Habitat

O habitat preferido do guaxinim são florestas próximas à água e pântanos. Durante o dia, ele dorme em árvores ocas, buracos em pedras ou no chão. É muito adaptável e hoje é encontrado também em áreas urbanas.

 Características

Raccoon (Procyon lotor) 1.jpg
O guaxinim, mapache ou urso-lavador possui cabeça grande e focinho pontiagudo. Ele tem pêlo longo e uma cauda espessa, com anéis castanhos e pretos. No dorso e dos lados, sua cor é marrom-acinzentado e o abdômen é cinza claro. As manchas pretas em suas “bochechas”, que se estendem entre os olhos e através da testa em uma listra vertical, também são típicas.
Estes podem até se reconhecer durante a noite por meio dessa “máscara” facial. Eles podem medir entre 45 e 70 centímetros.

 Alimentação

Estes animais noturnos caçam pássaros, ratos, insetos, peixes pequenos, lesmas, camarões de água doce e rãs. Sua dieta também inclui ovos, nozes, cereais e frutas. São omnívoros.

 Estilo de vida

O mapache dorme o dia todo e sai à noite para procurar comida. Ele persegue sua presa em águas rasas ou no chão, arranhando, virando e examinando de perto assim que a vítima é capturada. No entanto, ele só a consome se o cheiro for aprovado por seu apurado faro.
Em áreas frias, os mapaches passam o inverno em tocas e buracos nas árvores. Apesar de dormirem profundamente, eles não hibernam, saindo de seu esconderijo assim que o tempo esquenta um pouco.

 Comportamento social e reprodução

Os machos acasalam com muitas fêmeas, enquanto as fêmeas aceitam apenas um pretendente. Os machos, que quase sempre são pacíficos, costumam brigar entre si com muita ferocidade durante a época do acasalamento. Na primavera, a fêmea normalmente tem de três a cinco filhotes depois de nove semanas de gestação e cuida sozinha da ninhada. A família continua unida por um ano aproximadamente, quando os jovens guaxinins deixam então a companhia da mãe.

 Situação

A pele do guaxinim continua a ser muito procurada e, por isso, o animal é caçado em grande escala, especialmente no sul dos Estados Unidos.

 Ver também

 Galeria de Fotos




sábado, 25 de fevereiro de 2012

Texugo-europeu

Como ler uma caixa taxonómicaTexugo-europeu
Meles meles
Meles meles
Estado de conservação
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Mustelidae
Subfamília: Melinae
Género: Meles
Espécie: M. meles
Nome binomial
Meles meles
Linnaeus, 1758
Distribuição geográfica
Meles meles range map.JPG
O texugo-europeu ou texugo-euroasiático (Meles meles) é um mamífero mustelídeo indígena da maior parte da Europa e de muitas áreas da Ásia. É a única espécie classificada no género Meles. As subspécies comumente aceites são: Meles meles meles (Europa Ocidental), Meles meles marianensis (Espanha e Portugal), Meles meles leptorynchus (Rússia), Meles meles leucurus (China e Tibete) e Meles meles anaguma (Japão).

Índice

 

 Estatuto de Conservação

A nível nacional e global é considerada uma espécie Pouco Preocupante (LC)[1] [2]

Protecção Legal

Convenção de Berna (anexo III)

 História Evolutiva

O registo fóssil indicia que este grupo de mustelídeos evoluiu a partir de ancestrais semelhantes a martas e fuinhas (Gén. Martes), que no Terciário (há 65 – 2 milhões de anos) diferenciaram-se, apresentando uma evolução na dentição em direcção à omnivoria (importância crescente dos dentes tuberculados atrás das mandíbulas e redução dos dentes carniceiros cortantes). No começo do Pleistocénico (a partir de 1,8 milhões de anos) a Europa assistiu ao aparecimento de texugos semelhantes às espécies actuais, vindos da Ásia, havendo numerosos restos fósseis de animais deste período (por exemplo, Meles thorali).

 Morfologia

 Morfologia Externa

O texugo é um carnívoro de médio porte. Tem focinho alongado e cabeça pequena relativamente ao corpo, que é robusto, arredondado e de coloração cinzenta no dorso e negra no ventre e patas. A cauda é curta, cinzenta e com a ponta branca. As patas são curtas e poderosas com cinco dedos, munidos de garras fortes, pouco curvas e não retrácteis, sendo especialmente potentes e afiadas as das patas anteriores, que utiliza na escavação das tocas.
A característica que mais o distingue são as duas riscas negras longitudinais, que escondem os seus pequenos olhos, em ambos os lados da cabeça, que é branca. As orelhas são pequenas, pretas, com as pontas brancas. Podem ocorrer animais albinos, melânicos e outros com uma cor avermelhada.

 Dimorfismo sexual

A espécie apresenta um dimorfismo sexual pouco acentuado, sendo o macho significativamente maior. O texugo mede entre 67 e 80 cm de comprimento e a cauda entre 11 e 19 cm. Em Inglaterra, os machos pesam em média 12 Kg (há registos de texugos com 18 kg) e as fêmeas 11 kg, variando normalmente o seu peso ao longo do ano (são mais pesados no final do Verão). Em Espanha, os texugos não ultrapassam os 10 kg e os dados existentes em Portugal apontam para uma situação semelhante.

Ecologia

Espécime da espécie Meles meles
Indivíduo da espécie Meles meles na entrada de uma rede de túneis
Fotografia de pegadas de Meles meles
Fotografia dum indivíduo da espécie Meles meles morto na estrada

 Habitat

O texugo pode habitar em areas muito diferentes. Os texugos são mais abundantes em zonas com algum relevo e heterogéneas do ponto de vista paisagístico, com grande variedade de biótopos (como florestas caducifólias e mistas, matagais, sebes e terrenos agrícolas, margens de ribeiros) que lhes proporcionam uma maior disponibilidade de recursos e abrigos. No entanto, desde que tenha uma cobertura adequada e um tipo de solo em que o animal possa escavar até uma grande profundidade, qualquer local é propício para esta espécie.
O texugo vive em complexos de tocas (ou texugueiras) escavados por ele, que consistem num sistema de túneis com várias câmaras em diferentes níveis. Estes túneis desembocam na superfície em aberturas que têm normalmente um monte de terra à sua frente (proveniente da escavação dos túneis). O número de entradas varia, podendo ser um complexo com centenas de metros de comprimento e multiplas câmaras subterraneas [3].

 Actividade

Video de um espécime da espécie Meles meles à noite
O texugo é um animal geralmente solitário [4] e de hábitos nocturnos, saindo do complexo normalmente um pouco antes do pôr do sol. A sua saída das tocas é feita com extrema cautela, analisando o meio envolvente através do olfacto extremamente desenvolvido, bastando sentir um odor estranho para voltar ao interior do complexo. Quando saem, as crias costumam ficar junto às tocas onde efectuam pequenas brincadeiras, que desempenham um papel muito importante na aprendizagem das crias, ao nível da caça e de fuga de inimigos.
O seu comportamento dentro dos tuneis é pouco conhecido, mas sabe-se que geralmente possuem mais do que uma rede de tuneis, tendo uma principal muito maior, com maior numero de câmaras, ninhos, e latrinas. Pouco se sabe o porquê da grandeza e grande complexidade destes túneis [3]. Após o Outono, o texugo inicia o seu sono invernal de várias semanas ou meses (que não é uma hibernação), durante o qual não abandonará o seu abrigo, sobrevivendo graças ao panículo adiposo que se foi formando no Outono.

 Reprodução

O texugo pode reproduzir-se durante todo o ano. No entanto, acasala, sobretudo, entre Fevereiro e Abril ou entre Julho e Setembro. Os casais reprodutores mantêm-se juntos durante o ano todo.
Devido à implantação retardada (o ovo, embora fertilizado, só se implanta no útero alguns meses depois da fecundação (3 a 10 meses)) a verdadeira gestação é de 7 semanas (cerca de 50 dias) e as crias geralmente nascem entre meados de Janeiro e Abril. A fêmea é, novamente, fertilizada pouco tempo depois do parto, ocorrendo nova gestação no ano seguinte.
A ninhada pode ter entre 1 e 5 crias (mas, geralmente, nascem 2 ou 3) e estas só saem das tocas ao fim de cerca de 8 semanas, estando dependentes da mãe até ao Outono e, por vezes, até ao primeiro Inverno.
Os machos atingem a maturidade sexual entre 1 e 2 anos de idade e as fêmeas entre 1 ano e 15 meses de idade.

 Comunicação

É comum ocorrer a marcação utilizando uma glandula subcaudal, e um comportamento territorial associado à formação das latrinas; ainda é comum observar comportamento de escavação que parece estar associado com a reprodução. [5] [4].

Indícios de presença

Os indícios de presença são a forma mais fácil de verificar a sua existência num determinado local. A pegada do texugo é constituída por uma grande almofada, 5 pequenas marcas de dedos e pelas marcas das garras alguns centímetros à frente destes.
A existência de latrinas (conjunto de pequenos buracos escavados, com dejectos negros, cilíndricos e uniformes) também é outra característica que indicia a presença desta espécie [5] [4].

 Inimigos naturais

Os predadores naturais do texugo são a raposa, o gato-bravo, a gineta e as aves de rapina nocturnas e diurnas.

 Alimentação

Embora a sua dentição seja característica de um carnívoro, o texugo é um animal omnívoro e oportunista. Alimenta-se, sobretudo, de frutos (pêras, azeitonas, bolotas, nêsperas, ameixas e figos), bolbos e artrópodes (principalmente insectos; os grilos, os escaravelhos e as larvas são os preferidos). Ocasionalmente, consome micromamíferos (especialmente ratos e musaranhos), e também anelídeos, moluscos, anfíbios, répteis e aves. Durante o Inverno e a Primavera existe um grande consumo de artrópodes, já no Verão o texugo consome mais frutos e vegetais. [6]

 Longevidade

A longevidade média do texugo é de 2 anos, já que apenas 50% das crias sobrevive ao 1º ano de vida e a mortalidade média nos machos (mais elevada que nas fêmeas) é de cerca de 30%.
O texugo pode viver até aos 14 anos no estado selvagem e até aos 16 em cativeiro.

 Distribuição

Meles meles habita toda a Eurásia temperada, exceptuando o Norte da Escandinávia e da Rússia. Está, inclusive, presente nalgumas ilhas do Mediterrâneo (ex: Creta).
Em Portugal, a espécie existe em todo o território continental, sendo considerada relativamente abundante, apesar da escassez de informação biológica e ecológica sobre a sua situação no nosso país.

 Factores de Ameaça

  • Acidentes de tráfego [7]
  • Destruição e fragmentação do habitat (construção de vias rodoviárias[7], desflorestação, etc.)
  • Perseguição (caça furtiva ou envenenamento acidental ou propositado)
  • Escassez de informação biológica e ecológica

 Medidas de conservação

  • Realização de passagens alternativas para a fauna nas infra-estruturas viárias
  • Controlo da caça furtiva (proíbida no nosso país desde 1986

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012



Jerboa, um bicho muito raro
Os jerboas pigmeus do Egito são certamente uma das maravilhas mais espetaculares da natureza. Sua aparência, incrível: uma espécie de híbrido entre um rato, um canguru e uma lebre, dignos do sonho mais loucos de um animador da Pixar. Da família dos Dipodidae, estes pequenos roedores do deserto podem ser encontrados no norte de África e zonas adjacentes.

Jerboa, um bicho muito raro
Certamente, sua estranha aparência é o produto de milhares de anos de evolução em um território desértico e inóspito. Suas longas patas permitem-lhe viajar por médio de saltos, limitando o contato com a ardente superfície, enquanto suas grandes orelhas brindam-lhe um maravilhoso meio para irradiar o calor corporal. Por suposto que ditas características variam dependendo da sub-espécie, por exemplo, encontramos alguns com orelhas tão longas como seu corpo e outros com orelhas menores mas de pelagem mais fina.