Ema
Ema | ||||||||||||||||||||||||
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Classificação científica | ||||||||||||||||||||||||
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Rhea americana (Linnaeus, 1758) | ||||||||||||||||||||||||
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Mapa de distribuição das subespécies de ema na América do Sul. |
Índice[esconder] |
Etimologia
"Ema" é uma palavra de origem oriental, talvez molucana[3]. "Nandu" e "nhandu" se originam do tupi ña'du[4]. "Guaripé" se origina da língua tupi[5]. "Xuri" se origina do tupi xu'ri[6].Taxonomia
A ema foi descrita em 1758 pelo zoólogo sueco Carolus Linnaeus em seu livro Systema Naturae.[7] Há cinco subespécies de emas existentes atualmente, as quais não são facilmente distinguíveis entre si. Contudo um dos principais traços de distinção é a mancha preta na garganta e a diferença na altura entre as subespécies.- Rhea americana albescens (Lynch & Holmberg, 1878): planícies da Argentina (partes norte e leste do país), sul do Paraguai e sudoeste do Brasil;
- Rhea americana americana (Linnaeus, 1758): centro e nordeste do Brasil;
- Rhea americana araneipes (Brodkorb, 1938): oeste do Paraguai, leste da Bolívia e região do Pantanal, no Brasil;
- Rhea americana intermedia (Rothschild & Chubb, 1914): Uruguai e extremo sul do Brasil;
- Rhea americana nobilis (Brodkorb, 1939): leste do Paraguai.
Descrição
A ema é a maior e mais pesada ave do continente americano. Um macho adulto pode atingir 1,70 m de comprimento e pesar até 36 kg. A envergadura pode atingir 1,50 m de comprimento.Apresentam plumagem do dorso marrom-acinzentada, com a parte inferior mais clara. O macho distingue-se por ter a base do pescoço, parte do peito e parte anterior do dorso negros. Difere do avestruz por não apresentarem cauda e pigóstilo. Também não possuem glândula uropigiana. Ao contrário das demais aves, há separação das fezes e da urina na cloaca; os machos adultos possuem um grande pênis.
Possuem pernas fortes e pés providos de três dedos.
Ecologia e comportamento
Alimentação
A ema é onívora, e a sua alimentação constitui-se de sementes, folhas, frutos, insetos, moluscos, lagartixas, rãs, entre outros. Caça moscas perto de carne em putrefação. Ingere pedras para facilitar na trituração do alimento.Vocalização
Durante o período de reprodução, o macho emite um urro forte, ventríloquo e bissilábico, lembrando um bramido de um grande mamífero, como o boi: "bu-úp" ou "nan-dú". Vocaliza até mesmo durante a noite.Os filhotes emitem assobios melodiosos que lembram o canto do inhambu-relógio.
Reprodução
O período reprodutivo inicia em outubro. O macho reúne um harém de três a seis fêmeas; estas, por sua vez, também mantêm relações com outros machos, havendo, portanto, poliginia e poliandria na espécie.O macho constrói o ninho em uma depressão no solo, forrando-o com capim. Cada fêmea é capaz de pôr de 10 até 30 ovos. A incubação começa entre cinco e oito dias após as fêmeas terem iniciado a postura e pode durar de 27 a 41 dias. Os ovos eclodem todos no mesmo dia, são brancos, geralmente elípticos, e pesam, em média, 600 gramas. Os que não eclodem são colocados para fora do ninho ou devorados. O macho, responsável por chocá-los, altera frequentemente a posição do ovo, girando uma volta completa (360º) a cada 24 horas. Os filhotes ficam a cuidado do pai e atingem a maturidade sexual em dois anos.
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